ONAGRACEAE

Fuchsia regia (Vell.) Munz

Como citar:

Eduardo Pinheiro Fernandez; Tainan Messina. 2012. Fuchsia regia (ONAGRACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

841.546,783 Km2

AOO:

1.072,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie ocorre nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro (Vieira, A.O.S. In Lista de Espécies da Flora do Brasil; Forzza, R.C. et al., 2012); entre 1.000-2.400m de altitude (Berry, 1989).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Eduardo Pinheiro Fernandez
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?A espécie ocorre amplamente distribuída no Brasil, sendo frequentemente coletada dentro dos limites de diversas Unidades de Conservação e também áreas degradadas ou em diferentes estágios sucessionais; <i>Fucshia regia</i> foi registrada em Florestas Nebulares, Campos de Altitude, Florestas Ombrófilas Densas e Mistas associadas ao Domínio Fitogeográfico Mata Atlântica. Parece ser muito abundante ao longo de sua distribuição, estando muito bem representada nos principais herbários do país. Por esse motivos, a espécie foi considerada "Menos Preocupante" (LC) em relação ao seu risco de extinção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Proc. Calif. Acad. Sci. 25: 13. 1943. Nome popular: "Brinco-de-princesa" (Vieira, 2012).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Utilizada para fins ornamentais (Berry, 1989).

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Cerrado, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em Florestas Nebulares e Campos de Altitude (Berry, 1989); em Floresta Ombrófila Densa e Floresta Ombrófila Mista (Vieira, 2009).
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 3 Shrubland, 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude
Detalhes: Caracteriza-se por arbustos, ocasionalmente eretos, escandentes, de 0,5-5 m de altura, ou lianas chegando acima dos 15 m; floresce geralmente nos meses de Outubro a Abril (Berry, 1989).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua floresta original.10% da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat: a sobrexploração dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km² de florestas foram perdidas nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas para extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanusKunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf,Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000km² - uma área equivalente ao estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada "Vulnerável" (VU) pela Lista Vermelha da Flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).
Ação Situação
4.4.3 Management
Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Parque Estadual do Forna Grande, Parque Estadual da Pedra Azul, Parque Nacional do Caparaó, no estado do Espírito Santo, e Parque Nacional do Itatiaia, no Rio de Janeiro (CNCFlora, 2011).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Ornamental
​Espécie utilizada com finalidade ornamental (Berry, 1989).